quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Amor e Asco

Estava linda aquela tarde, seu olhar direto para dentro de mim como se acertasse um alvo e seus longos cabelos pretos me provocando, chamando para um abraço. Queria saber dançar, ao menos rodopiar teu corpo para manter o sorriso dos teus lábios constante, a me hipnotizar docilmente. Não cansava de me sentir atraído pelo teu corpo, de devanear planos para nos aproximar ou de assegurar outros sonhos.
O suspiro do ônibus calou todas as minhas sensações, notei que estava debilitado, abatido por um arpão como uma baleia distraída na inconstante imponência do mar. Mas logo tive consciência de como era bom segurar as pequenas mãos enquanto ela embarcava venerada por mim, deixando seu rastro de perfume para trás. O som de suas palavras não fez sentido algum, eu estava em êxtase, delirante, e, no entanto tudo era belo e confortável.
A aceleração do ônibus nos fez tropeçar e selou nossos corpos, suas coxas duras e nuas se entrelaçaram com as minhas, sua bunda protegida pela atrevida saia se encaixou em mim e suas costas bateram contra meu peito. Ainda não decifrei o perfume que me fisgou tão irracional e tolamente. O teu corpo de 17 anos parecia carregar o verdadeiro segredo, você o mostrava e ao mesmo tempo escondia de todos.
Procurei desesperadamente o seu assento, como se a tivesse perdido por um motivo banal e passasse anos a sua procura. Lá estava ela, tranqüila apoiada na janela, o fundo parecia promissor e tão logo notei o seu olhar imperioso, sentei ao seu lado com a mala sobre meu colo. Sua mão delicada firmemente procurou meu pau assim que me instalei e encontrado-o passou a massagear e manusear com destreza e fome, como se fosse perder ele para sempre.
Assim que meu pau ficou duro ela enfiou agilmente sua mão para dentro da minha calça, apoiada com a cabeça no meu ombro e com o corpo debruçado para o meu lado ela se entregou, voraz e sedenta. O suspiro que era emanado de seu ventre acelerava sua caricia, tentei ajeitar a mala sobre meu colo, mas o ônibus não estava cheio e me deu a oportunidade de relaxar e apreciar aquela pequena mão tocar no meu pau endurecido e grosso com tanta vontade. Era ela que perdia a voz agora, tentava sussurrar alguma coisa, mas sua boca se mantinha aberta sem nada proferir.
O prazer se esvaiu em asco, toda aquela lama fétida escorrendo pelo teu corpo me deixava enojado. Tudo em você me deixava enjoado, não precisava mais de ti e desci na primeira oportunidade. Estava longe, minha visão estava embaçada como se eu tivesse acordado agora, não queria notar nada ao meu redor, e muito menos falar com ninguém, você já tinha partido e nada faria por mim.

3 comentários:

  1. Texto meio nojento Guii... mas é tua cara (sou sincera!) kkkkkkkkk
    Te Adoro..
    e tu sabe q adoro seus textos tb... vc escreve divinamente (qd naun escreve essas putarias..)

    BjuS!!

    (Line Linda)

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  2. Tu viu q agora sou sua seguidora??
    kkkkkkkkkkkkk

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  3. Crasso, rude e belo. O amor é efêmero como o desejo? O narrador nao sabe a diferenca entre o ideal romântico e a realidade, entre o que se consegue no imediato e o que pode se ter por mais tempo.

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